26.8.07

Ainda lutando contra brancura da tela

Pseudo escritora de museu , que mantem , desorganizadamente , cadernos, bloquinhos e papéis rascunhados de todo tipo , fica acanhada diante de um quadradinho de 17 polegadas.
Faz parte da minha natureza nostálgica.
Tenho, até hoje, a Olivetti Lettera 82 que ganhei no meu aniversário de 9 (ou 10) anos.



Infinitos Perdidos
poesia sem ponto


Infinitos perdidos sob máscaras pálidas
Sem choro nem riso
Infinitos perdidos nas profundezas
De olhos sem face
Sem brilho
Infinitos perdidos sob silêncio ensurdecedor
Sob lábios descorados
Cerrados
Infinitos perdidos
Esparramados em alma desterrada
Exilada em ponto distante
De sua própria raiz
Infinitos perdidos na ausência de sentido
Que o nome que lhes cabe
Arrasta
Por fronteiras apertadas
Infinitos perdidos
Atrelados à correntes
Pesadas e invisíveis
Infinitos perdidos num grão de poeira
Na cabeça de um alfinete
Num átomo comprimido




Vão mudar a ortografia brasileira ano que vem. E eu , ainda nem aprendi a escrever com a vigente...

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